domingo, 4 de setembro de 2011

Amélie e eu

Assistir a O Fabuloso Destino de Amélie Poulan é um espécie de energizante pra mim. Esse filme me passa a beleza da solidão, o charme de ser única e sozinha.
Porque venhamos e convenhamos já faz um tempo que deixei de ter um grupinho. E isso não aconteceu porque eu quis, mas simplesmente porque a vida me levou pra esse caminho. Às vezes me bate uma tristeza, e eu corro para ver Audrey Tautou representar minha segunda diva.
Adoro a fotografia do filme, a brincadeira do verde com o vermelho. Adoro o jeito desengonçado de Amélie, adoro a trilha musical, adoro o par romântico.
Tenho amigos, mas não sou mais de sair com eles com tanta frequência. As responsabilidades me deixaram cansada, e no fim de semana só quero ficar em casa arrumando minhas coisinhas. Foi então que eu fui ficando sozinha, embora tenha transformado meu namorado na minha família.
Amelie é filha única e tem uns pais bem exóticos. Grande semelhança.
Não tenho os cabelos lisos como o de Amélie, mas o meu coque no alto da cabeça já é tão forte quanto seu corte chanel.
Não tenho um peixe fujão, mas tenho um gato que não fica mais comigo.
Ela vê beleza nas coisas, e eu as vezes acredito que estou andando numa trilha musical.
O par romântico é o seu final feliz. Eu só vivo acreditando que o meu também é.
Não estou sendo dramática, estou só dividindo meu lado lunático.
Minha vida podia ser narrada pelo narrador do filme, ia ser tão interessante quanto - eu garanto.
Talvez ninguém acredite nessa semelhança, mas eu sim.


Um comentário:

  1. O que esse curso (não apenas ele, mas a própria vida)não faz com a gente, não é? Me identifiquei bastante com o que você escreveu, Mary, às vezes o que falta na vida das pessoas é entender, como você diz: "o charme de ser única e sozinha."

    ResponderExcluir

Fala aí!