sábado, 23 de junho de 2012

Sobre amar a cidade

Um dia desses eu estava numa palestra e a palestrante falava sobre a raiva que a gente passa a sentir por Natal quando começa a estudar arquitetura. Fica com raiva porque passa a conhecer os problemas da cidade, e percebe que os causadores somos nós, a população, além dos políticos - é claro. Mas o importante que ela falou foi a hora que essa raiva passa, porque pra gente querer ser urbanista e melhorar a cidade que a gente vive, a gente precisa amá-la.
E esses dias pensei sobre esse amor.
O Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte, é um caso sério de abandono na nossa Natal. Responsabilidade tanto da administração, quanto da população, que não percebeu o valor que esse parque tem e não apropriou o espaço. Gente, o parque tem uma obra de Niemeyer, tem noção do que é isso???
O atual diretor do Departamento do Patrimônio Material e Fiscalização do IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Andrey Rosenthal Schlee, que ocupa o cargo que Lúcio Costa já ocupou um dia, disse em uma palestra na UFRN que Oscar Niemeyer lhe entregou uma lista com suas obras que ele deseja que sejam tombadas, e o monumento do Parque da Cidade de Natal está nessa lista. É de emocionar ou não é? Saber que uma obra que é nossa (e está abandonada) é uma das preferidas do arquiteto?

Motivados por isso, fomos ao Parque da Cidade Gravar o vídeo de Meline para o ENEA Salvador. Conseguimos chegar bem pertinho do monumento, subir a rampa, e sentir o edifício. Foi lindo, foi de emocionar, viver uma obra de Niemeyer do jeito que tem que ser sem precisar ir a Brasília para isso.
Fica a dica para todo potiguar fazer isso nos próximos dias! Vamos nos apropriar desse lugar, porque é nosso!!!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Charles e Ray Eames - Especial dia dos namorados

Para comemorar o dia dos namorados na arquitetura, o casal escolhido foi Charles e Ray Eames. A curiosidade sobre eles surgiu depois do post sobre as cadeiras, e então resolvi fuçar a história dos dois.
Esse casal americano deixou contribuições no âmbito da arquitetura, do design gráfico e industrial, do cinema e das belas artes.
Charles teve grande influência do arquiteto finlandês Eliel Saarinen, o pai do Eero Saarinen, que já falei sobre ele por aqui uma vez. Charles e Eero foram sócios. Charles já teria sido casado uma vez, mas na década de 40 se separou e logo depois se casou com sua colega de profissão, Ray-Bernice Alexandra Kaiser Eames.

 Ela estudou arte expressionista abstrata com Hans Halfman, e foi  durante a preparação de desenhos e maquetes para a competição "Organic Design in Home Furnishings", que conheceu Charles Eames.
Em 1943, 1944 e 1947, Ray Eames desenha várias capas para a publicação de referência Arts & Architecture. Durante o final da década de 40, cria vários padrões têxteis, dois dos quais foram produzidos pela Schiffer Prints, empresa que também produziu tecidos da autoria de Salvador Dalí e Frank Lloyd Wright. Peças originais destes trabalhos podem ser vistas em várias colecções de museus.

Durante a década de 50 o casal continuou seu trabalho na área da arquitetura e design mobiliário, e utilizaram técnicas inovadoras, como a fibra de vidro, cadeiras em resina plástica, e as cadeiras em malha de metal concebidas para o fabricante de equipamento de escritório Herman Miller, por exemplo.



Devido ao seu interesse pela fotografia, Charles produziu vários curtas-metragens. Desde a sua primeira obra, o incompleto "Traveling Boy" de 1950, até ao extraordinário Powers of Ten de 1977.

Desde o início da sua atividade, o mobiliário dos Eames era listado apenas pelo nome de Charles Eames. Em 1948 e 1952, os catálogos da Herman Miller apenas mencionam Charles, mas ficou evidente que a mulher Ray, deveria ser considerada nos mesmos termos do marido. Os têxteis eram desenhados sobretudo por Ray, assim como os bancos Time Life.


segunda-feira, 11 de junho de 2012

CHAMA NÓS, COMORG!

Como os seres arquitetônicos estão sabendo, agora em julho haverá o Encontro Nacional de Estudantes de Arquitetura em Salvador!
E para os seres não arquitetônicos, deixa eu situar! Um encontro tem em média 1 semana de duração, mas antes dessa semana há uma semana de apoio. Então... EU QUERO SER APOIO, COMORG!!!
Para que a COMORG nos escolha (leia-se Babina, Lenilson e eu) fizemos esse vídeo comunitário para mostrar nossa grande vontade em ser APOIO DE COMUNICA NO ENEA SALVADOR.




Quem gostar do vídeo curte esse post (e confirma) pra mostrar pra Comorg do ENEA SSA como nós somos queridos e amados! Ah, e TRABALHADORES!! Muito trabalhadores! =)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Curiosa por cadeiras

Desde que comecei a estagiar num escritório de ambientação, fiquei mais curiosa sobre cadeiras. Sim, porque existem aquelas cadeiras que a gente já viu várias vezes, mas nao sabe o nome, nem quem criou, e nem porque foi feita. Eis que existe uma série de livros da editora autêntica, a design museum, que lançou o livro "50 Cadeiras que Mudaram o Mundo". Foi aí passei a conhecer melhor essas fofas. A seguir minhas favoritas.


1. B3 ou Cadeira Wassily: Essa cadeira surgiu da Dessau Bauhaus, e foi feita em 1925 pelo designer Marcel Breuer. Foi uns dos primeiros desenhos a explorar o aço tubular, e foi inspirada no guidão de aço de uma bicicleta. O modelo da B3 foi uma solução para se definir qual deveria ser a aparência de uma cadeira e como ela deveria ser feita. A cadeira mais tarde passou a se chamar Cadeira Wassily, pois Marcel Breuer deu um dos primeiros protótipos ao seu amigo da Bauhaus, o pintor Wassily Kandinsky.

2. Barcelona: Essa famosa cadeira foi criada por Mies van der Rohe e a designer Lilly Reich, para compor o Pavilhão Alemão da Exposição Ibero-Americana de Barcelona, em 1929. O pavilhão foi usado para a cerimônia de abertura do evento, e nenhum esforço foi poupado. A cadeira Barcelona, acompanhada por otomanas, adquiriram uma presença monumental. Ela foi inicialmente produzida em couro de porco, e só depois ganhou outras cores. Foi somente em 1953 que a cadeira passou a ser comercializada, quando Mies Van der Rohe vendeu seus direitos.

3. Lar, Dar e Rar: Foi criada em 1948 pelo casal Charles e Ray Eames. Os assentos plásticos reforçados com fibra de vidro, podiam ser fixados com qualquer base - a da foto é a torre Eifel.
O casal Charles e Ray Eames

4. Model 3107: Foi criada pelo arquiteto dinamarquês Arne Jacobsen, e acompanhou a ideologia Gesamtkunstwerk, segundo a qual o desenho dos espaços exteriores e interiores deveriam ser concebidos como uma coisa única. A cadeira teve tanto sucesso que se tornou o carro chefe do estilo modernista dinamarquês.

5. Panton: Criada por Verner Panton, em 1968, é vistosa e sexy, essa cadeira parecida com uma língua apareceu pela primeira vez no jornal dinamarquês de design Mobília, em 1967, embora viesse sendo pesquisada a muitos anos. O criador trabalhou por um tempo no estúdio de Arne Jacobsen. A cadeira Paton, assim como a model 3107, recebeu certa notoriedade, quando em 1970, foi usada como propaganda na revista de moda inglesa Nova, num ensaio fotográfico "Como se despir na frente do seu marido".