E você, é kitsch?

Quando a gente é apresentado ao kitsch é ensinado a rir da cara dele, de chamar de cafona e querer distância. Mas na verdade ninguém é 100% ruim nem bom, e é assim que eu vejo essa fofura!

O termo kitsch é usado para categorizar objetos de valor estético destorcido, e ou exagerado, considerados inferiores à sua cópia existente.

Se diz que no século XIX, turistas americanos em Mônaco queriam adquirir quadros, só que mais baratos, então pediam só o "esboço" (sketch). E então foi daí que o termo alemão kitsch surgiu para caracterizar a cópia com menor valor.

O kitsh tem algumas características próprias:

Princípio de Inadequação: Se refere a inadequação da forma diante do contexto, da função do uso da coisa. Ou seja, a sua finalidade é desviada, tanto em relação ao tamanho, como a forma, como os materiais:

Princípio de Acumulação (ou Empilhamento): Esse é o lado mais legal que eu acho desse estilo. Se trata de objetos diversos acumulados sem sentido, em um ambiente ou até mesmo em uma pessoa (no caso muitos brincos, muitos sapatos, ou muitas bolsas, por exemplo).

Percepção sinestésica se trata do maior uso dos sentidos para impressionar o espectador, como som, aromas, ou a repetição de mesmos signos com significados semelhantes...

Com tantos artifícios de inadequação, acumulação, percepção sinestésica, o kitsch chega próximo ao vulgar, mas esse Princípio de Mediocridade facilita a absorção do consumidor. Nem feio nem bonito, pois esses valores absolutos fogem do objetivo do kitsch!

O kistch não cria problemas, portanto agrada e enche a vida da sociedade de consumo de sensações, com pequenos prazeres do dia a dia. Eu por exemplo coleciono miudezas na minha estante, como globos de neve, e outros objetos engraçados.

Eu adoro chegar numa casa e encontrar souvenirs de viagens da pessoa! Esse acúmulo de coisas acabam contando a história daquela família e dão um ar super cult para o ambiente!

Eu pessoalmente adoro essa característica do kistch. E você, coleciona o que?