terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sobre condomínios fechados


Natal vive um momento de expansão da construção civil. Isso todo mundo sabe e vê todo dia. Uma característica de Natal que eu achava uma coisa comum, mas percebi que não é tanto assim, é a coisa de ainda serem construídas muitas casas. Em algumas cidades, por exemplo, onde a população de classe alta ou média só quer viver em tal região da cidade, não pode mais construir casas, e todos moram empilhados em apartamentos.

E isso já acontece aqui com certa camada da população, mas grande parte dela sente o desejo em ter sua casa num condomínio fechado.
A ideia pode até parecer legal, porque é dentro daqueles muros que você "tem paz", não precisa de cerca elétrica rondando sua casa, e seus filhos podem brincar na "rua".


A ideia se espalhou tanto na nossa cidade, que os condomínios de casa vão desde os mais luxuosos, quanto os mais populares. O que as pessoas querem é se isolar dentro de um muro, e acreditar que lá dentro estão seguros.
Só que a mídia passa isso com uma grande solução para a vida das pessoas e esquecem o quanto isso prejudica a configuração das cidades.
Vamos pensar num caso exagerado: imagine se todas as quadras perto da sua casa fossem muradas, e você estivesse chegando em casa a noite. As ruas estarão completamente vazias de cidadãos comuns e aí sim tomadas pelo crime.
A responsabilidade da nossa segurança é o Estado, e não as construtoras. A ideia parece ser boa para resolver seu problema de segurança hoje, mas caminha para ser algo beeeem pior!
Existe um filme que se chama La Zona. Fala sobre um condomínio fechado gigante no México, sobre o que há do lado de fora, e de como controlar a segurança de tudo isso. É um caso extremo, mas merece reflexão.
Talvez esse texto não faça você mudar de ideia sobre tudo, mas a minha intenção é que você veja o outro lado da moeda.

Bom dia!

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