sábado, 16 de novembro de 2013

Um texto esclarecedor pós TPM (a quem interessar)

Hoje vim escrever aqui, e dei uma pausa nos projetos (isso já faz parte da nova resolução) para contar como as coisas estão aqui. Mas não mais para reclamar. É para entender mesmo.

Na minha ultima TPM, e elas andam bem tensas por aqui, eu pirei o cabeção, me senti frustrada e arrasada por estar vivendo o que estou vivendo aqui.
Como todos já sabem, eu sou obrigada a estudar com brasileiros pela universidade, eu só curso 2 matérias com estrangeiros (que me matriculei porque quis, e isso deixou minha grade ainda mais pesada) e nem assim eu consegui fazer amizades com eles. Tipo, já sabemos que os europeus são fechados e não se abrem tão facilmente, mas eu tenho que tentar me aproximar dessa galera de alguma maneira.
Viemos aqui para ter um curso em inglês, mas...

temos um horário exclusivo!

Ando chateada porque antes de qualquer coisa eu vim aqui melhorar meu inglês (que é ruim e por isso não consegui ir para Inglaterra). Estou chateada porque achava que a universidade seria esse lugar. Mas não está sendo, porque só falo inglês realmente com meu professor de projeto as terças e quintas. Isso deve dar 1 hora e meia por semana. O resto são pequenas frases do dia-a-dia, quando as pessoas querem me responder. Eu sei que os húngaros estão no direito deles de não falarem inglês... Então eu tenho que dar um jeito de conhecer mais estrangeiros.

Queria muito que a BME semestre que vem misturasse a gente com os Erasmus. Assim como os brasileiros dos outros cursos da BME também estão misturados. Isso aconteceu exclusivamente com a arquitetura, e como eu não sou muito de sair a noite não tenho onde conhecer essas pessoas que possam me ajudar a praticar inglês.

Como resolver esses problemas?

Passo a semana inteira em casa fazendo trabalhos, porque tenho muitas disciplinas e quero dar conta de todas. Mas isso eu já fazia no Brasil.
Assim, semestre que vem eu farei de tudo pra pegar o mínimo possível de disciplinas. Queria muito não pegar projeto, por exemplo, que toma muito tempo. Então, se a BME me obrigar novamente a cursar os 21 créditos só com brasileiros, eu vou escolher 1 ou 2 pra passar e vou buscar outras maneiras de viver esse intercâmbio.

P.S.: Vocês acreditam que nós não temos direito a Carteira de Estudante? Temos que andar com um papel que tem validade de 2 meses para comprovar que somos estudantes. Então eu, por exemplo, tive um problema no endereço e agora estou a semana ilegal nos transportes públicos. Se me pegarem sou multada, mas quem vai pagar a minha multa é a BME se isso acontecer. Tenho que escrever para a CAPES sobre isso...


Enfim, enfim... são muitas coisas chatas, mas existem duas coisas que superam tudo isso aí:
1- Estou morando na Europa e posso viajar pra onde quiser.
2 - O custo de vida na Hungria é muito baixo, então sobra dinheiro pra fazer todas essas viagens!
Beijos :)

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Os 25 ícones da arquitetura moderna Natalense

Oi, minha gente! Essa noite relembrei o tema da minha pesquisa que desenvolvi na MUsA, do ano passado até junho desse ano, orientada pela Prof. Dr. Edja Trigueiro, e percebi como ela precisa ser divulgada para a nossa cidade.
O tema da pesquisa era: Identificando os Ícones da Arquitetura Moderna Natalense, e eu cheguei a 25 exemplares.
A pesquisa se baseou no TFG de Alana Oliveira (2012), nos trabalhos acadêmicos orientados pelos doscentes e pesquisadores da MUsA, e numa bibliografia de autores que escreveram sobre a arquitetura moderna de Natal.

Como cheguei aos 25 exemplares?
Baseado na tabela base de Oliveira (2012), onde ela destaca os edifícios mais citados pelos trabalhos disciplinares, ampliei o conjunto explorando a bibliografia. Assim, foi possível chegar a esse número, que se tratam dos edifícios mais recorrentes diante da amostra em estudo.

Quais são eles?
Clique para ampliar
Acho que é muito importante para os cidadãos natalenses conhecerem seu patrimônio para então preserva-lo. A nossa cidade tem um patrimônio de arquitetura moderna muito rico, e muitas vezes a população nem o reconhece. Esse conjunto de edifícios conta a história da nossa cidade durante o século XX, e deve ser preservada. Quem não se lembra da Residência da Rua Joaquim Manuel, 108 (24) e ficou muito triste quando viu a reforma que a casa recebeu que a descaracterizou bastante? Acredito que pelo menos algum desses edifícios aí acima tem algum significado para nós, que participou de algum momento da nossa vida.
Então é isso, o post é rápido porque o tempo é curto!
Abraço!

Crise 1

Bem, a minha primeira crise na Hungria tem o mesmo tema que as minhas crises anteriores. O curso como sempre muito puxado- ou eu que sou lenta demais- e isso toma o tempo quase que completamente.
Todos os dias eu vou dormir pelo menos as 2 da manhã, e quando chego na aula, o professor diz que não era bem assim que ele queria... Nesse momento que eu deveria está aprendendo alguma coisa, pois é óbvio que eu não sei de tudo, mas já estou tão cansada do que esse curso faz comigo, que estou desestimulada.
Esse fim de semana teve um feriado aqui na Hungria, e fiquei em dúvida se eu ia viajar ou não. Viajei, durante a viagem fiquei pensando nos trabalhos, mal humorada, e quando voltei pra casa percebi que o mais certo a fazer foi viajar mesmo. Porque quanto mais horas eu der pra esse curso, mais ele vai sugar de mim...
Aqui eu quase nunca saio a noite, pra balada, porque sempre estou cansada e quero dormir. As viagens me deixam realmente exausta, mas esses são os momentos de felicidade pra mim, quando eu vou encontrar  o Lindo. Embora tenha sido uma decisão difícil não me inscrever para a mesma cidade que ele, acho que foi muito importante, pois sozinha eu vou vencendo os desafios, mas quando a coisa tá muito preta ele me salva a distância.
Outra coisa que as pessoas já previram antes de eu vir, está acontecendo. Aqui só estudo com brasileiros e tenho aulas em inglês. Algumas matérias tenho com os Erasmus, mas praticamente não fiz amizades. Ou seja, só falo inglês com os professores, que não é sempre. Ou seja, meu inglês evolui a passo de tartaruga.
Outra coisa realmente difícil aqui é o húngaro. É um idioma completamente impossível de aprender - principalmente quando se está matriculado em 7 matérias na faculdade. Tipo, não tem nada que faça sentido, que o nosso cérebro consiga relacionar só de ouvir.
Tipo, esse fim de semana quando fui a Romênia, fiquei impressionada de como o idioma é conhecido aos nossos ouvidos, e isso foi muito bom, a gente se sente mais integrado à sociedade. Vou nem dizer quando vou a Roma... é muito bom entender o que as pessoas estão falando. Isso aqui nunca vai acontecer, porque não tenho condições de aprender, e é  por isso que digo que estou vivendo num bolha. Se semestre que vem eu pudesse cursar menos matérias eu tentaria, mas essa BME não tem conversa, então acho difícil...
Tirando isso, tá tudo bem. Eu juro que tá, nem choro mais por esses problemas, só aceito mesmo...
é minha gente, vida de intercambista não são só maravilhas...